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Desconsi: “Dilma está limpa e nada encontrarão contra sua conduta”

Sexta-Feira, 14.08.2015 às 07h
14 DE AGOSTO- ORLANDO 3

Trabalhando na área de articulação política junto ao Governo Federal, o ex-prefeito de Santa Rosa Orlando Desconsi, fez nesta semana ampla defesa à legitimidade da continuidade do Governo Dilma e destacou a transferência de recursos para os municípios, jamais vista antes na história do Brasil, como só mais um dos fatores que marcam a concretização de avanços significativos da política brasileira.


Ao participar de atividades na região, Orlando falou à reportagem 101.3 no Jornal da Manhã e enumerou ações como a de máquinas e recursos para habitação, saúde, educação e obras de infraestrutura transferidas aos municípios. –“Hoje combatemos a corrupção, mas sabemos que ela está longe de ser a maior da história, pois onde estava o dinheiro antes de Lula e Dilma que nunca chegava aos municípios”, indagou. Porque não havia crédito educativo, faculdades e escolas técnicas públicas, casas populares e bolsa família, se o Brasil sempre teve dinheiro e a Petrobrás sempre foi lucrativa? Por que não eram transferidos recursos a juros subsidiados para os planos de safra e os investimentos em máquinas agrícolas como o Programa Mais Alimentos, questionou. Por que o Brasil se socorria do FMI ao invés de combater o mau uso de seu próprio dinheiro? Lula pagou o FMI e aumentou as reservas brasileiras e com Dilma essas ações tem continuidade.


“A crise atinge o mundo, também atinge o Brasil, mas a televisão e meia dúzia de famílias da grande mídia golpista mostram a crise muito maior do que ela é”.


Desconsi disse que a Presidente Dilma é a maior interessada na investigação doa a quem doer, e que nunca se viu antes no Brasil lideres do partido do governo e até mesmo seus membros serem investigados ou presos por corrupção. “-”O Brasil que antes varria a sujeira debaixo do tapete, vive um novo processo, o de depuração da política, mas não pode ser algo seletivo só contra o PT, precisa atingir todos os partidos e todos os níveis de governo, inclusive dos Estados, ou alguém que tem neurônios acha que não há corrupção e pedaladas nas gestões tucanas de São Paulo?


Segundo Orlando o Brasil faz ajustes para enfrentar uma crise econômica que é mundial, mas que, no entanto é mostrada como muito maior que é, por setores da grande mídia golpista, dominada por sete famílias que trocam serviços de suas editorias por dinheiro e não zelam pela verdade dos fatos.

 

“Vivemos um tempo que o Brasil tinha R$ 38 bilhões em reservas financeiras e hoje tem R$ 370 bilhões, por isso temos credibilidade internacional, garantimos investimentos e o país é o 4º destino dos investimentos internacionais. Se os brasileiros não se acordarem, os estrangeiros estão apostando no Brasil”.


Ver menos televisão
O petista classificou como tentativa de golpe contra a democracia a pressão exercida pelos meios de comunicação e setores da oposição que pedem o impeachment da atual presidente. “-Nossa presidenta está limpa, não há nada contra sua conduta estão tentando inverter regras democráticas, mas nada encontrarão contra ela”. Orlando lamenta os rumos da televisão brasileira, que à medida que só propaga a desgraça, coloca os políticos como se todos fossem da falcatrua, quando os maiores envolvidos na corrupção da Petrobrás, por exemplo, são funcionários de carreira, e que nem sempre a grande mídia esclarece. “A televisão mostra só crise, violência e safadeza, olhem menos televisão, leiam mais e ouçam mais o rádio”, recomendou Desconsi.


Entramos na onda que parece que nunca tivemos uma crise como agora. A Europa tem quase 12% de desemprego, e países como a Espanha 27%. O Brasil está com 6,9% e já tivemos em tempos passados índices muito maiores que agora. Os Estados Unidos teve 7,8% de desemprego, maior que o Brasil, mas a crise nos outros países a TV não mostra. Não mostra que a China está crescendo menos e que o mundo cresce menos. Miriam Leitão não entende nada de economia, mas fala na televisão todo o dia, como se sua visão fosse à verdade suprema. O Brasil tem dificuldades, é claro que tem, mas a grande mídia vende uma realidade distorcida financiada pelo capital especulativo que quer explorar o país.


“A crise é administrável, mas continuar nela não interessa a ninguém”
Desconsi destaca que se o mundo vive um crescimento menor, ou negativo, o Brasil também vai ser afetado, pois vai vender menos. A crise tinha até então efeito menor contra o Brasil, graças às políticas firmes de inclusão social e distribuição de renda estabelecidas por Lula e Dilma. |O mundo vê isso com bons olhos, especialistas de vários países atestam que esse modelo consolida a democracia.

 

Com o crescimento dos últimos anos todos ganharam, à medida que houve uma redução do crescimento internacional e o Brasil por vários fatores internos como a seca do Sudeste foi afetado, exigindo disponibilidade de recursos do governo isto foi até onde deu, mas agora precisa dividir essa conta.


A crise hídrica enfrentada em São Paulo, fez com que artistas e a grande mídia fizessem campanhas para que o povo tomasse dois banhos por semana, como se isso fosse normal ou culpa só da natureza, do clima. Mas e a falta de investimentos e planejamento do governo paulista? Questiona. Fosse governo do PT, seria um Deus nos acuda, diz ele.


Pressão sobre Petrobras coloca em risco pré-sal
Orlando diz que a população deve manter os dois olhos bem abertos. A revelação seletiva de escândalos da Petrobras, e o rebaixamento dela perante o mundo investidor ao invés de reconhecer sua importância estratégica, sugere que dependendo do governo seus avanços e conquistas como o pré-sal podem ser colocados em risco. Há interesses internacionais em jogo, José Serra do PSDB, por exemplo, defende mudanças no sistema de partilha, que hoje assegura os recursos para a Educação e para a Saúde, afirma o petista.


Manifestações pelo Brasil
Sobre as manifestações convocadas para o próximo domingo, dia 16 de agosto em várias capitais e cidades brasileiras, Desconsi diz que a luta popular apresentando propostas que sugiram mudanças nos rumos da política ou da economia é válida e positiva, desde que respeite o direito de ir e vir das pessoas, o patrimônio público e privado e as instituições. Havia poucos dias, ocorreu panelaço contra o PT em bairros nobres de São Paulo, e muitas pessoas que mudaram de vida graças aos governos de Lula e Dilma entraram na pilha. A panela do povo não está vazia, o pobre come, estuda e tem casa. O agricultor e os empresários tem acesso ao crédito facilitado, o jovem tem universidade e escola técnica cada vez mais perto e o único partido que encheu as panelas do povo de comida foi o que governa o país, desabafa. Orlando reconhece que o PT pode ter seus erros, mas está fazendo suas correções de rumo, cortando na própria carne e não tolerando os males feitos. “Há um comboio de gente desesperada e que não aceita a vitória da atual presidente por vontade popular querendo inverter na bagunça e na intolerância as regras do jogo, o povo não pode entrar nessa”, encerra.


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