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LEITE COMPEN$ADO: Ministério Público deve pedir prisão em Horizontina

Segunda-Feira, 13.05.2013 às 15h atualizada
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O promotor de justiça Mauro Rochenbach, responsável pela área criminal nas investigações da fraude do leite, espera conseguir outras prisões nos próximos dias no interior do Rio Grande do Sul.  

 

Na semana passada, a Operação Leite Compen$ado prendeu nove suspeitos. Sete continuam na cadeia com prisão preventiva. De acordo com os promotores, transportadores adicionavam ureia no leite para mascarar a adição de água durante o transporte entre a propriedade rural e as indústrias. Nesta segunda-feira está sendo ouvido o empresário preso em Guaporé, na serra. O promotor criminal também ouvirá nesta semana o núcleo investigado em Ibirubá dando celeridade a entrega do inquérito ao Judiciário.

 

As análises comprovaram a presença de formol, substância cancerígena encontrada na ureia, junto a bacia de recebimento de leite da Lider Alimentos em Crissiumal, e o leite teria sido supostamente descarregado na plataforma por caminhões pertencentes ao vereador de Horizontina e dono de uma empresa de transportes Larri Jappe. As análises e informações técnicas foram comprovadas por Técnicos do Ministério da Agricultura, diz o MP.

 

Em Ibirubá, Horizontina e Guaporé, a adulteração é a mesma, mas não há indícios de ligação entre os empresários investigados. Outras denúncias de fraudes chegaram ao Ministério Público após a operação. De acordo com o promotor Mauro Rochenbach, é investigado o mesmo esquema em mais três municípios. A fórmula da adulteração criminosa teria sido criada e comercializada por R$ 10.000,00 pelo seu criador aos fraudadores.

 

Em Horizontina, o Ministério Público pedirá novamente a prisão do transportador de leite investigado. No sábado(11) o promotor Rochenbach afirmou no Jornal do Almoço(RBS), que em Horizontina, estaria o caso de maior gravidade. Ele fez referências ao vereador, dono da empresa de transportes, que segundo ele, estaria pleiteando verbas públicas municipais e federais para construir um posto de resfriamento e montagem de um laboratório, para ele mesmo, segundo o promotor; “Transportar, adulterar, analisar e depois entregar o produto adulterado para a indústria”.

 

Dois caminhões e uma carreta de propriedade da transportadora do vereador foram apreendidos para perícia visando a obtenção de provas já que os veículos são objetos do crime.  Documentos também foram apreendidos e um estoque de ureia de sua casa agropecuária lacrado.

 

Após as declarações do promotor Mauro Rochembach a RBS no sábado, o vereador voltou a negar envolvimento, disse que está sendo execrado publicamente e sendo alvo de uma armação política. Segundo ele, colaborou com as investigações e está tendo seu direito a ampla defesa, cerceado. 

 

Ele disse que é uma associação de pequenos agricultores que pleiteia as verbas federais para a construção de um posto de resfriamento, sediada em seu distrito, a qual ele apoia e com ela mantém vínculos comerciais, na função de transportador e fornecedor de insumos(adubos, sementes, rações e sais minerais) e não ele. O vereador diz que além da investigação, está sofrendo armação política.

 

O promotor Mauro Rochembach pretende dedicar-se a investigação de Horizontina a partir da próxima semana. Segundo informações, a empresa do vereador denunciada como uma das fraudadoras não estaria mais operando o transporte de leite desde o último final de semana.

 

Está proibida a comercialização de leite de vários lotes de sete marcas: Hollmann, Goolac, Só Milk, Italac, Líder, Mumu e Latvida.


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