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O ex-prefeito de Horizontina Irineu Colato (PP) que deve liderar nos próximos meses trabalho de reorganização do Partido Progressista no município reprova inicialmente fazer parte de qualquer acordo de governabilidade com o prefeito eleito e seus aliados, dando base de maioria aos novos mandatários na Câmara Municipal.

O PP foi a bancada individual com maior votação e deve estar sensível que mais de 60% do eleitorado não votou no prefeito eleito. Ele faz questão de destacar que essa é sua posição pessoal diante da experiência política adquirida. Colato ao tempo que lamenta o sacrifício de líderes históricos como Álvaro Callegaro e Averi Padoin, que apesar de grande votação não se reelegeram, comemorou as eleições de Lucas Stoll e Diogo Weiss, duas lideranças emergentes nos quadros progressistas.

“Os dois jovens receberam do eleitor a oportunidade, há uma aposta para a mudança, para o novo, que no entanto, terão de provar com trabalho, seriedade, transparência e dedicação ao povo, sem conchavos ou vantagens próprias pois a frustração do eleitor interrompe precocemente qualquer carreira política, independente do número de votos de uma primeira eleição ser grande”, ensina.

POR QUE COLATO NÃO FOI CANDIDATO
Prefeito por quatro mandatos, o progressista que tinha o nome ventilado nos últimos dois anos para voltar pleitear o cargo máximo municipal não escondeu nenhum detalhe acerca dos motivos que impediram sua candidatura em outubro último. “Nós enfrentamos uma ação de improbidade administrativa por concessão de uma área no distrito industrial a uma empresa que tinha como sócios nossos familiares, concedemos sob aprovação do Conselho Municipal pertinente e responsável, como repassamos outras quase 10 áreas naquele período. A justiça local entendeu que nunca agimos de má fé, mas em outra instância o tribunal reformou a sentença de primeiro grau e não havia certeza de sermos absolvidos, e sob risco não aceitamos concorrer, para não criar nenhuma instabilidade política na comunidade.

ERRO NA CONDUÇÃO DA PRÉ-CONVENÇÃO
Colato, diz que não se deve achar culpados, mas considera que o PP encaminhou de forma não ideal a pré-convenção para escolha de nomes optando por Averi Padoin e preterindo Álvaro Callegaro. “De última hora o nome progressista não agradou na formatação de alianças, ficamos sozinhos e tivemos de lançar ao sacrifício Rui Hirt, um líder honrado, sério, talvez o mais preparado entre as três candidaturas, com um bom menino do PSDB ao seu lado, mas que teve apenas 45 dias para deixar seu trabalho na iniciativa privada e dedicar-se a uma campanha de forma desigual, contra o prefeito no exercício do cargo e com o nome em evidência e contra um vereador e presidente do Legislativo bem amparado midiaticamente, com discurso de uma nova política que confesso, não consigo entender o que é”, afirmou.

ONDA “TIRAR PT” MIGROU VOTOS DO PP PARA LAJÚS
Para Colato a onda nacional de “tirar o PT”, pesou entre os progressistas, que diante da incerteza quanto a real chance para vitória de Rui, migrou votos para Antônio Lajús, eis que a diferença entre a votação proporcional e majoritária, explica 1.000 sufrágios a mais para o prefeito eleito na disputa contra o atual prefeito, na polarização da eleição.

O líder progressista rechaça abandonar a política. Confirma que deu um tempo as lideranças progressistas, pois sempre havia o questionamento que enquanto ele estivesse na linha de frente não surgiriam novas lideranças. “Nós nos recolhemos e percebemos que o partido também, e por essa razão quero assumir a tarefa, se os companheiros me confiarem, de reaglutinar nossas forças, reconstruir nossa grandeza, a partir da atuação no parlamento municipal, mas participando das decisões e fazendo uma oposição inteligente e responsável.

EMENDAS DE R$ MEIO MILHÃO
Colato anunciou a tramitação de duas emendas de R$ 250 mil pleiteadas junto ao Deputado Federal Jerônimo Göergen uma para concluir a quadra coberta de KM 20 que está com os pilares desde que largou o governo em 2012 e outra do mesmo valor para construção de um Centro Comunitário para a Comunidade de Lajeado Seco, um pedido de seu amigo pessoal recentemente falecido Helvido Reckziegel, que pediu seu comprometimento em favor daquela sociedade. Os dois pleitos serão informados aos gestores municipais para que seja dado o encaminhamento necessário.

Jornalismo Olinda FM- Paulo R Staziaki- DRT/RS 07.485