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Brasil-China Ministro chinês vê com bons olhos aproximação com o RS

Quinta-Feira, 15.07.2021 às 09h28min
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A Frente Parlamentar Brasil China no RS avançou mais um espaço rumo ao estreitamento de relações comerciais e culturais entre o estado e o país asiático na tarde desta quarta-feira (14/07). O presidente, Jeferson Fernandes; o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Édson Brum e empresários gaúchos com expertise em exportações e importações reuniram-se com o ministro da Embaixada da China no Brasil, Jin Hongjun e a ministra Conselheira Xao Yingjun para efetivar o que a China considera essencial para dar credibilidade às negociações com outros países: a associação entre o privado e o institucional.


  A convite de Jeferson, o secretário Brum não só aceitou integrar os esforços da Frente Parlamentar em favor da relação RS/China como colocou a Secretaria à disposição para as medidas que se fizerem necessárias. Além disso, reforçou pedido dos empresários de viabilização de um Escritório de Representação do RS naquele país. "Desde 2019, viemos buscando esta formalização de intenções do governo gaúcho ao governo chinês. Agora tivemos esta disponibilidade do secretário e isso é muito significativo para a relação que queremos entre RS e China: de proximidade cultural e de negócios", sublinhou o deputado.


Brum reforçou que o Estado quer explorar todas as oportunidades possíveis no que tange ao comércio com a China.  Ele lembrou que a região do Vale do Rio Pardo, da qual é oriundo, já mantém bons negócios com o mercado chinês em função da produção de tabaco. "A China já nos dá um suporte que tem valia muito grande porque se trata de uma cadeia de agricultores familiares. Faremos tudo que estiver ao alcance da nossa secretaria, porque esta relação é fundamental para a geração de empregos e renda no estado", assinalou.


O ministro observou que os dois países têm parceria estratégica global, o que abrange todos os setores. E concordou com a possibilidade de "explorar os horizontes e encontrar novas formas de interação entre o RS e as províncias da China", em função de o estado já ser irmanado com a Província de Hubei.  E lembrou que o Brasil importou da China U$34 bi no período da pandemia e exportou quase o dobro para o país asiático: U$64 bi. "Isso faz da China o principal parceiro comercial do Brasil", valorizou Hongjun. Além disso, acrescentou que o volume comercial entre os dois países aumentou durante a pandemia ao invés de diminuir. "É a mostra de que ambos países são fortes comercialmente e de que, portanto, precisamos nos ajudar", refletiu.


Jorge Burmann, da Burmann Alimentos, ressaltou o caráter superavitário da balança comercial brasileira para defender a instalação do Escritório de Representação gaúcho na China. "O projeto abarcaria tanto as demandas dos exportadores chineses quanto de gaúchos", argumentou. Ele também observou que a relação atual entre China e Brasil está muito "marcada pela soja e a carne". "O RS não é só isso. Temos vários produtos competitivos, como vinho, sucos, etc. Os negócios se dariam de forma mais dinâmica com um Escritório gaúcho. É um sonho e um projeto importante porque aproxima os empresários de forma mais direta", ressaltou.


Jin Hongjun reiterou que vê com bons olhos a possibilidade de ampliação dos negócios com o RS e lamentou que esta relação tenha tido um decréscimo de 25% durante a pandemia. "Precisamos aumentar este volume", decretou. No entanto, manifestou a necessidade de mais conversas sobre o Escritório de Representação antes de uma efetivação.  "Temos muito material para aumentar o nosso intercâmbio comercial e cultural com o RS", reforçou. E apontou ainda similaridades entre China e Brasil, apesar das diferenças ideológicas. "São dois países em desenvolvimento. Ambos querem ter um relacionamento mais estreito, aumentar o nível de vida de suas populações, porque quando as pessoas vivem com felicidade, é que os países são mais fortes", concluiu.  


Paulo Tigre, da ComTigres Comércio de Representação, Importação e Exportação, se disse emocionado com a fala do ministro. "O que a gente busca, de fato, é a felicidade. E se faz isso conversando, buscando afinidades e o desenvolvimento conjunto. Esta relação tem de ser com público e privado. E nós queremos ser este braço do setor privado a auxiliar com a nossa experiência. Contem conosco", disse o empresário.


A ministra- conselheira Xao disse que estuda formas de ampliação de intercâmbio entre China e RS. "Esperamos seguir intercambiando sobre temas específicos, ponto a ponto. Estamos dispostos a trabalhar juntos", assinalou Yingjun.


Jin concluiu a reunião de forma positiva: "Saio desta reunião com mais otimismo e confiança no futuro", finalizou.

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Andréa Farias
Jornalista - MTE 10967
Assessoria de Imprensa
(51) 996843285
 


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