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CASO BERNARDO: Policia Civil indicia três pela morte do menino

Terça-Feira, 13.05.2014 às 15h-Redação Olinda- Fonte Policia Civil-RS
16 DE MAIO- POLICIA CIVIL INQUÉRITO BERNARDO

A Polícia Civil divulgou na tarde desta terça-feira (13) o inquérito  sobre a morte do menino Bernardo Boldrini, 11 anos. O pai do garoto, o cirurgião trespassense Leandro Boldrini, a madrasta, Graciele Ugulini(Kéli), e a assistente social Edelvânia Wirganovicz foram indiciados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. A prisão preventiva dos três já foi solicitada à Justiça.

 

Além de ser responsabilizado como mentor do homicídio e ocultação de cadáver, o pai de Bernardo também auxiliou, segundo a polícia, na compra do remédio Midazolan, que foi injetado no garoto e que provocou sua morte.

 

Segundo a Polícia Civil, Leandro e Graciele arquitetaram o plano,  assim como a história para que o crime ficasse impune.  A madrasta também foi indiciada como mentora e executora do homicídio e ocultação de cadáver. Já Edelvânia foi indiciada como executora do delito de homicídio e ocultação de cadáver.

 

Segundo a Polícia Civil, Edelvânia recebeu dinheiro para colaborar com o crime, com ajuda para quitar as parcelas de seu apartamento. A polícia também afirmou que a motivação que desencadeou a ação criminosa foi a "desarmonia de relacionamento familiar estabelecida", ou seja, o fato de Bernardo "atrapalhar" a vida do casal Leandro e Graciele.

 

A investigação apontou ainda que o meio utilizado para cometer o homicídio foi a aplicação de uma injeção letal, sendo dito para Bernardo de que se tratava de um remédio "para se benzer". Já para convencer o menino a ir até Frederico Westphalen, onde o foi executado o crime, o casal teria dito que Graciele o levaria para comprar o aquário que tanto queria.

 

Sobre o irmão de Edelvânia, Evandro Wirganovicz - preso no último fim de semana -, a polícia continua investigando se houve participação dele na morte do menino. De acordo com uma testemunha, ele teria ajudado a cavar a cova onde Bernardo foi enterrado.

 

Como a polícia chegou aos responsáveis pelo crime

 

Segundo a delegada Cristiane de Moura e Silva, o que mais chamou a atenção de início foi a ida da madrasta a Frederico Westphalen. Em seu depoimento ela apresentou informações confusas, então a polícia focou a investigação na cidade. Imagens de câmeras de segurança mostraram a madrasta com o menino no carro e, depois, sozinha com a amiga. Sob posse dos vídeos, Edelvânia foi questionada se o garoto estava vivo e ela confirmou que não.

 

Os policiais então chegaram ao local onde o menino foi enterrado, após informações repassadas por Edelvânia. Dois dias antes da morte de Bernardo, a amiga afirmou que Graciele já tinha todo o plano arquitetado. Dois dias antes, as duas foram a uma loja e compraram uma pá e uma cavadeira. Outro produto comprado foi soda, para diluir rapidamente e sem cheiro o corpo de Bernardo.

 

Com as ferramentas no porta-malas, Graciele e Bernardo ingressaram no veículo de Edelvânia. O menino tomou um remédio oferecido pela madrasta com o motivo de não passar mal no caminho onde seria benzido e teria que levar uma picada em sua veia.

 

Já com o menino desacordado, as mulheres tiraram a roupa de Bernardo e o colocaram na cova. Imagens da câmera de segurança mostram Edelvânia jogando sacolas de lixo em frente à sua residência.


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