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Estudo e emprego fixo colocam Larri Jappe no semiaberto

Segunda-Feira, 01.09.2014 às 06h23
larri jappe

Desde o último dia 28 de agosto o empresário horizontinense e ex-vereador Larri Lauri Jappe, que cumpre sentença de reclusão por adulteração de alimentos se encontra no regime de prisão semiaberta, quando pode trabalhar durante o dia e somente passar a noite, domingos e feriados em recolhimento na casa prisional.


A concessão de progressão de regime foi aceita pela Juíza de Direito de Santa Rosa Fabiana Lima Medeiros. Jappe permaneceu preso de forma preventiva de 17 de Maio de 2013 até Abril deste ano, quando saiu sua sentença de 10 anos de prisão e após cumpriu outros quatro meses de reclusão no regime fechado, totalizando em torno 465 dias.


Para a progressão de regime prisional a Juíza considera como soma ainda, que Jappe desenvolveu 132 horas de estudo reduzindo outros 11 dias da pena. Por outro lado, verifica a magistrada que o apenado possui bom comportamento carcerário.


Em avaliação psicológica realizada, destaca a justiça que Larri demonstra possuir condições de cumprir a pena no regime semiaberto; “Larri percebe a experiência do aprisionamento, consciente das perdas, referindo capacidade de aprender com a mesma, tendo aproveitado as oportunidades de trabalho e aprendizagem ofertadas, deste modo, absorvendo dentro dos limites existentes, as condições de adaptação pessoal, importantes diante da possibilidade de dar início à progressão do regime penal”, destaca a magistrada.


No novo regime o empresário, vereador por cinco legislaturas e ex-secretário do Governo Municipal de Horizontina, deve apresentar-se no estabelecimento prisional até às 20 horas, de segunda à sábado e recolhimento em tempo integral nos domingos e feriados.
Jappe recebeu do Judiciário, no entanto, à condição de estudar a noite através do PRONATEC onde buscará formação como Técnico em Meio Ambiente, através do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial – SENAC. Desta forma poderá fazer sua apresentação no estabelecimento carcerário, até ás 23h, durante o ano letivo.


LEMBRANDO O CASO
Larri Jappe foi denunciado em investigação do Ministério Público por ter feito a entrega para uma indústria de lácteos de 7 cargas de leite supostamente adulteradas pela adição de água aos tanques. Para a água não ser identificada nos testes seria utilizada pequena quantidade de ureia no compartimento de carga dos tanques, sustenta o Ministério Público.


Jappe sempre negou participação no episódio e alega ter sido vítima de sabotagem comercial. O empresário possuía frota de caminhões para transporte de leite das propriedades até as indústrias e auxiliava na administração de uma associação com mais de 300 famílias de pequenos agricultores que remunerava acima da concorrência os produtores da região quando o escândalo Leite Compen$ado eclodiu, justificativa de Jappe para ter sido sabotado.

 

FONTE: TRIBUNAL DE JUSTIÇA RS


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